Empresa de Dantas diz que comprou fazendas a prazo

A Agropecuária Santa Bárbara Xinguara informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que adquiriu as propriedades que foram sequestradas pela Justiça Federal, dentro da Operação Satiagraha, mas com contratos de pagamento a prazo e, por isso, ela não figura como dona das fazendas. Na nota, a empresa explica que as propriedades “foram adquiridas a prazo” por um período médio de pagamento em 8 anos e meio. “Portanto, somente após os vendedores e o comprador cumprirem determinadas precondições, as referidas escrituras definitivas passarão para a Agropecuária Santa Bárbara.”

De acordo com o Ministério Público e a Polícia Federal (PF), em pelo menos nove das 27 propriedades rurais sequestradas pela Justiça, os donos definitivos dos imóveis ainda são os antigos proprietários. Em alguns casos os bens estão em nome de empresas ligadas ao grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas.

Dentre as precondições que constam nos contratos de compromisso de compra, estão a certificação do georreferenciamento perante o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), obrigação que deve ser cumprida pelos vendedores das fazendas, e a quitação do preço a ser pago por parte da agropecuária. “Por esse motivo, as propriedades ainda constam nos nomes dos antigos donos”, afirma a empresa.

Quanto à fazenda Rio Tigre, que está entre as nove propriedades alvo de ação cível pública do Ministério Público Federal por crimes ambientais, a Santa Bárbara esclareceu que não pertence ao grupo. Os pastos haviam sido alugados, mas o contrato foi encerrado em abril deste ano. A empresa também nega as acusações de que teria desmatado as propriedades no Estado do Pará.

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