Com mercados saturados e o surgimento de novas plataformas na internet, uma das principais tendências na área de comunicação é o empreendedorismo. Startups e novos negócios informais nascem, em todo o mundo, já nos bancos das próprias universidades. As mudanças nos currículos das graduações de Jornalismo e de Relações Públicas, aprovadas no ano passado pelo Conselho Nacional de Educação, já pedem que o tema faça parte da grade curricular dessas áreas.
O primeiro curso de Jornalismo a adotar as novas regras, neste ano, foi o da Universidade Regional de Blumenau (Furb). “A discussão de incorporar esse tipo de disciplina foi trazida pelo próprio mercado, pela importância de ter uma linha de atuação para além dos mercados tradicionais”, afirmou ao Fórum Estadão Brasil 2018 a coordenadora do curso, Roseméri Laurindo.
Para a diretora da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP), Margarida Kunsch, hoje o aluno atua principalmente como autônomo, microempresário ou freelancer. “A ideia de que se iria para uma grande empresa passou a ser uma raridade. Agora, são poucos os que conseguem trabalhar nesses locais, porque os empregos são poucos”, afirma.
Os Fóruns Estadão Brasil 2018 trazem uma série de debates públicos e cadernos especiais com reportagens, entrevistas e estudos inéditos, com apoio do Insper, centro de referência nas áreas de Educação, Administração, Direito e Engenharia. O objetivo é estimular a discussão analítica sobre problemas que afetam diretamente a vida das pessoas. A partir daí, levantar ideias e propostas que possam contribuir para o desenvolvimento do País e para a gestão dos governantes a serem eleitos em outubro.