A instalação de janelas grossas e abafadores de ruídos em imóveis vizinhos ao Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, pode ser uma saída para reduzir o impacto provocado pelos pousos e decolagens dos aviões. A sugestão foi dada pela Associação dos Moradores do Entorno do Aeroporto (Amea) ao grupo de trabalho coordenado pelo Ministério Público Federal (MPF) que busca soluções para a poluição sonora na região.
O MPF admite estudar esta e outras propostas que visem a minimizar o desconforto causado pelos aviões. Duas associações são favoráveis à ideia. Para elas, deve-se só tomar cuidado para que os equipamentos antirruído sejam instalados em imóveis cujos moradores, comprovadamente, tenham a saúde afetada pelo barulho.
“O aeroporto não vai sair do lugar. Estamos pesquisando soluções que melhorem a situação dos moradores”, diz o empresário Edwaldo Sarmento, vice-presidente da Amea. A proposta das barreiras antirruído nas casas foi inspirada em medida adotada no Aeroporto de Scottsdale (Arizona), nos Estados Unidos.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), responsável por Congonhas e outros 86 aeroportos no País, informou que questões tratadas no grupo de trabalho de poluição sonora seriam respondidas pelo MPF.