O policial militar Alexandre André Pereira da Silva foi condenado nesta quinta-feira, 10, pelo Tribunal do Júri, pela morte de três homens no mês de maio de 2006 em São Paulo. O episódio, parte de uma série de assassinatos que ocorreram naquele ano, ficou conhecido como “crimes de maio”.
Segundo o grupo Mães de Maio, formado por parente das vítimas, 493 pessoas foram assassinadas nos dias que se seguiram aos atentados do Primeiro Comando da Capital (PCC) contra autoridades de segurança do Estado. O PM foi o primeiro a ser condenado. Silva foi condenado a 36 anos de prisão em regime fechado por crime de homicídio qualificado, além da perda do cargo público. O PM está solto e pode recorrer da decisão em liberdade.
“O Tribunal do Júri condenou um inocente” afirmou o advogado de defesa Eugênio Carlo Balliano Malavasi, que já recorreu da decisão, solicitando a anulação do júri. “Tem prova absolutamente clara de que ele não estava no local dos fatos”, argumentou, citando em seguida o depoimento de uma testemunha que, segundo ele, trabalhou com o PM no dia das mortes. O advogado ainda lembrou que o policial foi absolvido no processo administrativo.