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Em SP, morre morador de rua baleado por PM em Pinheiros

Um morador de rua baleado à queima roupa por um policial militar no bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, morreu na noite desta quarta-feira, 12, no Hospital das Clínicas da capital. Ele foi identificado apenas como Ricardo, de 38 anos, que trabalhava como catador de materiais recicláveis na região.

O PM flagrado por testemunhas disparando contra o homem prestou depoimento e foi liberado, ainda durante a noite de quarta. Ele deve responder a uma investigação da Corregedoria da corporação. O crime ocorreu por volta das 18h30, na esquina entre as Ruas Mourato Coelho e Navarro de Andrade, em frente a uma unidade do supermercado Pão de Açúcar.

A PM afirma que o agente foi ameaçado com um pedaço de madeira e, por isso, teria reagido. Testemunhas se revoltaram, filmaram a cena e duas pessoas disseram, inclusive, que tiveram celulares tomados pelos PMs e vídeos apagados. Imagens publicadas no Facebook mostram policiais colocando o homem ferido, inconsciente, dentro do porta malas de uma viatura.

Segundo os relatos no local, Ricardo pedia comida em frente a uma pizzaria e o dono do estabelecimento acionou a polícia para retirá-lo. A discussão se intensificou com a chegada dos agentes e, quando o catador empunhou um pedaço de pau, um dos PMs disparou ao menos dois tiros na altura do peito dele. Moradores contaram que o carroceiro era conhecido na vizinhança e nunca havia demonstrado comportamento agressivo.

A morte foi confirmada pela assessoria de comunicação da PM na manhã desta quinta-feira, 13. A Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP) deve se manifestar através de nota ainda hoje.

Na noite passada, em primeiro comunicado, a pasta afirmou que equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil estavam “em campo para colher elementos que constarão no boletim de ocorrência, que será registrado pelo departamento para investigação das circunstâncias”. A SSP acrescentou que a “Corregedoria da PM também apura a ocorrência, como é de praxe e exige a resolução SSP 40/2015”.

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