Em um curto pronunciamento, em que não deu margem aos questionamentos da imprensa, no início da tarde desta sexta-feira, 4, no Palácio dos Bandeirantes, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou o adiamento da reorganização do sistema de ensino do Estado. “Vamos adiar a reorganização para discutir o projeto, escola por escola, com a comunidade, estudantes e pais de alunos.”

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Apesar do adiamento, anunciado no mesmo dia em que pesquisa Datafolha mostrou que a popularidade de Alckmin atingiu a sua pior marca e que mais de 60% dos pesquisados se posicionaram contrários às mudanças anunciadas nos colégios estaduais, o governador disse ter convicção dos benefícios que essa reestruturação trará para a qualidade das escolas públicas de São Paulo.

Segundo ele, sua administração avançou muito na área de ensino e São Paulo é o único ente federativo a investir 30% em educação. “O governo federal investe 18%, Estados e municípios 25% e São Paulo 30%, mais 1% em pesquisa”, argumentou. O porcentual usado por Alckmin inclui as receitas das três universidades estaduais de São Paulo. Por lei, o Estado deve destinar 25% para o setor.

Diálogo

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No pronunciamento, que durou cerca de cinco minutos, Alckmin disse que entendeu que o diálogo deve ser aprofundado. “2016 seria o ano da implantação da reestruturação, mas será um ano de aprofundarmos deste diálogo”, frisou, explicando que os alunos continuarão matriculados nas escolas onde já estudam. “Não haverá nenhuma mudança e vamos aprofundar este diálogo.”

No final do pronunciamento, Alckmin citou a seguinte frase do papa Francisco: “Sempre que perguntado entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo.” E deixou a sala onde sem falar com a imprensa.

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