Cerca de 500 garis da Companhia Municipa de Limpeza Urbana (Comlurb) realizam na manhã desta sexta-feira, 07, um protesto em frente à sede da prefeitura do Rio, na Cidade Nova, no centro. Ao contrário das outras manifestações, desta vez, a maioria dos garis está vestindo o uniforme laranja da empresa. Eles exigem ser recebidos por algum representante da prefeitura para discutir a pauta de reivindicações da categoria, que inclui, entre outros pontos, salário base de R$ 1.200, além de 40% de adicional de insalubridade.

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Até o momento, a prefeitura oferece aumento de 9%, para R$ 874,59, mais o adicional de insalubridade. Dezenas de policiais militares do Batalhão de Choque fazem um cordão de isolamento em frente ao prédio da prefeitura. O protesto, que começou às 10h, transcorre pacificamente. Os manifestantes carregam faixas com os dizeres “Estamos sendo tratados como lixo”, “Chega de covardia, não somos palhaços” e “Não somos lixo”.

Diversos garis se revezam para discursar em um carro de som cedido, pelo segundo dia consecutivo, pelo Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal Fluminense (Sintuff). O gari Célio Viana, um dos líderes do movimento grevista, disse que nesta sexta, 70% dos cerca de 15 mil garis da Comlurb estão parados. “Ainda não tivemos nenhum diálogo com a prefeitura. Vamos continuar com os protestos todos os dias até sermos recebidos. Não concordamos com o acordo celebrado com o Sindicato (dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio), porque ele não nos representa”.

Os manifestantes distribuem uma carta aberta à população do Rio que diz que a culpa da greve é do prefeito Eduardo Paes (PMDB), do presidente da Comlurb, Vinícius Roriz, e do Sindicato. “Os transtornos criados em função do acúmulo do lixo na cidade são de única e exclusiva responsabilidade do prefeito Eduardo Paes e do presidente da Comlurb que se negam a negociar e atender as nossas reivindicações. São eles que devem ser cobrados por toda essa situação. Nós só queremos dignidade em nosso trabalho. Essa é nossa única motivação”.

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Nesta sexta-feira, sétimo dia de greve dos garis, as ruas do centro do Rio amanheceram bem mais limpas do que nos dias anteriores. Mas a situação ainda é crítica em vários pontos das zonas sul, norte e oeste da cidade.