O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage classificou de "escandalização do nada" a crise gerada com o uso irregular de cartões corporativos do governo federal. "O folclórico, o pitoresco sempre chama atenção. Se fala em uma farra, mas estão fazendo a escandalização do nada", disse à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos.

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Ele defendeu o uso dos cartões sob o argumento de que a transparência e o controle são maiores e disse que a CGU estuda uma forma de colocar no Portal da Transparência os dados de gastos feitos com saques em dinheiro de cartões corporativos.

"Vamos trabalhar melhor para colocar a nota no portal e abrir as contas também na parte de saque. Vamos chegar lá brevemente", disse. "Com isso estaremos com 80% a 90% de transparência das contas de suprimento de fundo e teremos o controle social, essa é a idéia", acrescentou.

Jorge Hage disse ainda que a maioria dos gastos com cartão é de "pequena monta, seja no valor total, seja no valor individual". Segundo ele, 53% dos gastos são menores que R$ 300, 13% estão entre R$ 300 e R$ 500 e apenas 9% são maiores que R$ 2 mil.

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Ele apresentou dados sobre suprimentos de fundos e cartão corporativo no Executivo. No ano passado, foram R$ 99,50 milhões gastos com contas tipo B e R$ 78,03 milhões com cartão corporativo. Do total gasto com cartão corporativo, R$ 58,77 milhões foram sacados em dinheiro e R$ 19,25 milhões com cartão.

"Verificamos que, embora o saque fosse previsto como exceção, o saque era usado como regra", disse Hage.

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