Na tarde desta quarta-feira (15) chegou a hora de Lindemberg Alves dar a sua versão no julgamento no qual ele é réu, acusado de matar a ex-namorada Eloá Pimentel, em outubro de 2008. Na sua chance de se defender, Lindemberg surpreendeu a todos e pediu perdão à mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel. Ele começou a ser ouvido poucos minutos após às 14h, no Fórum de Santo André, em São Paulo.
Em seu depoimento, Lindemberg disse que tem uma grande dívida com a família de Eloá. “Quero pedir perdão para a mãe dela em público. Eu entendo a dor que ela está sentindo. Estou aqui para falar a verdade, pois tenho uma dívida muito grande com a família dela”, declarou o acusado. “Infelizmente foi uma vida que se foi, mas em alguns momentos levamos aquela situação como se fosse uma brincadeira”, completou.
O sequestro
Lindemberg contou à juíza Milena Dias que não obrigou os adolescentes (Nayara Rodrigues, Iago Vilera de Oliveira e Victor Lopes Campos) a ficarem no apartamento durante o tempo do sequestro, aproximadamente 100 horas. Seu objetivo era apenas ter uma conversa com Eloá, pois, segundo o próprio réu, Vitor teria contado que acabou beijando Eloá.
Sobre a arma, o réu disse que havia comprado a mesma por estar sendo ameaçado de morte, o que ele não soube explicar à juíza.
O julgamento
Após as declarações de Lindemberg, o julgamento se encaminhará para a parte final, na qual os advogados fazem os debates baseados nas declarações.
Depois, acontece a reunião entre os jurados, que definirão se ele é culpado ou não pelos crimes dos quais ele é acusado.
Os crimes
Linderberg Alves é acusado por 12 crimes. Além de ser o responsável pelo cárcere e assassinato de Eloá, ele deve responder pelas acusações de tentativa de homicídio contra Nayara, outra tentativa de homicídio contra o policial militar Atos Antonio Valeriano. Ele também é acusado de manter Nayara em cárcere privado, bem como seus colegas: Iago de Oliveira e Victor Lopes de Campos; e do irmão de Eloá: Ronikson Pimentel. Ainda neste julgamento, ele deve responder pelos disparos feitos por ele no dia da morte de Eloá.