A presidente do PSOL, ex-senadora Heloísa Helena, criticou nesta segunda-feira (1º) em Curitiba a proposta do presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), de unificar duas representações por suposta quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Como mãe de família que ensina os filhos que é proibido roubar, espero que haja a legítima, bela e independente pressão da sociedade para impedir que mais um procedimento investigatório seja sinônimo de impunidade no Senado", apelou.

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Pela sugestão de Quintanilha, as denúncias de que Calheiros teria comprado duas emissoras de rádio e um jornal em Alagoas usando nome de "laranjas" e a de que teria montado um esquema para desvio de recursos de ministérios comandados pelo PMDB seriam analisadas como um único processo. "É muito difícil agüentar essa flexibilidade a todo momento dentro do Conselho de Ética", reclamou Helena.

Segundo ela, no início do processo foi apresentado um requerimento para aditamento das novas denúncias na representação originária, mas não foi aceito. A presidente do PSOL esteve em Curitiba para abonar a ficha de mais 86 pessoas que se filiaram ao partido, algumas delas oriundas do PT. Para a ex-senadora, que também deixou o PT para criar o PSOL, a fidelidade partidária é de "fundamental importância", mas desde que não seja "fidelidade às conveniências das cúpulas dos partidos que se vendem por cargos, prestígio, liberação de emendas e poder, mas a fidelidade com base nos programas partidários, nos compromissos assumidos durante o processo eleitoral.

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