Tragédia das águas

Em áreas isoladas do Rio falta luz, água e comida

As consequências das chuvas em São José do Vale do Rio Preto, na região serrana do Rio de Janeiro, são uma incógnita. Mais de 24 horas depois da enxurrada, 60 casas foram destruídas e pelo menos quatro pessoas morreram. O município está ilhado, com a BR-116, a principal via de acesso, interditada.

Os dois lados do município estão isolados, pois uma ponte foi levada pelas águas e a outra teve a estrutura comprometida. A cidade está sem energia e sem fornecimento de água. Não há combustível para seus 20 mil moradores. Dois postos de gasolina foram destruídos e o que restou abastece só os carros oficiais.

O prefeito Adilson Faraco Brügger de Oliveira se refugiou na prefeitura de Sapucaia, pois a sede da administração está soterrada por três metros de lama. “Na quarta-feira, ele conseguiu chegar até aqui por uma estrada de terra. Ninguém sabe ao certo o número de mortos”, disse o secretário de Comunicação Social de Sapucaia, Sérgio Campante.

A situação está parecida na cidade de Bom Jardim, onde a rede de telefonia não funciona e o fornecimento de energia é parcial. A adutora da cidade foi destruída e o fornecimento de água interrompido. Quatro pontes caíram e há bairros ilhados. Dezenas de casas desabaram. Em nota, a prefeitura afirma que a cidade vive um “caos” e acrescenta que “a população está apreensiva, pois os supermercados que ficaram de pé já não têm mais quase nada”.

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