A capital paulista está sofrendo uma epidemia de conjuntivite viral desde o mês passado. Segundo o Centro de Controle de Doenças (CCD) da Prefeitura, foram registrados 50.405 casos da doença em 45 dias – mais de mil casos por dia. Assim que o aumento foi detectado, os profissionais de saúde foram orientados a ampliar as ações de vigilância e foi enviado um alerta a escolas e creches, que receberam orientações sobre as medidas de controle. A doença passou a ser de notificação compulsória caso a caso. Isso significa que todos os serviços de saúde do município, particulares ou públicos, foram obrigados a informar os registros individualmente.

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Para se ter uma ideia do tamanho do problema, o pronto-socorro oftalmológico da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) está atendendo cerca de 400 casos da doença por dia – o esperado eram 60. No Hospital das Clínicas (HC) são ao menos 300 novos casos – o triplo do esperado para o período. Na Santa Casa, cerca de 70% dos 330 atendimentos diários são por causa da conjuntivite. No Beneficência Portuguesa, foram notificados 114 casos nos primeiros 15 dias deste mês.

Existem três tipos de conjuntivite: alérgica, provocada geralmente por uso de filtro solar na região dos olhos; bacteriana, que provoca vermelhidão e coceira, além de uma secreção amarelada e grudenta; e a viral, a mais comum e contagiosa, que provoca coceira, vermelhidão e uma secreção aquosa. No caso da epidemia de São Paulo, os casos foram associados à forma viral da doença.

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