No dia 6 de outubro, enquanto mais de 115 milhões de eleitores deverão ir às urnas, jovens com idade entre 10 e 15 anos de sete estados participarão de uma votação paralela. Organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o projeto Eleitor do Futuro deverá simular as eleições oficiais, com direito a urna eletrônica, cabine indevassável e apuração sigilosa. Os títulos de eleitor-mirim já estão sendo distribuídos nas escolas públicas e particulares de Mato Grosso e Minas Gerais.
A maioria dos estados escolhidos ainda está em processo de organização do evento. Estão nesta situação Rio, Santa Catarina, Tocantins, Paraná e Maranhão. Minas iniciou o cadastramento das crianças interessadas em participar do projeto há duas semanas. Mato Grosso, o primeiro estado a aderir a idéia, já soma 15 mil jovens eleitores.
A idéia foi concebida pelo ministro do TSE Sálvio de Figueiredo, corregedor-geral das eleições, depois de inspirar-se em um projeto semelhante em vigor na Costa Rica. Os votos das crianças não serão somados nas eleições oficiais; serão apurados e divulgados separadamente. Mesmo sem influir no resultado das eleições, Figueiredo acredita no resultado a longo prazo, com o envolvimento dos jovens no processo de escolha dos governantes.
– Essa experiência vai contribuir para a formação cívica do jovem e estimular novos líderes. Isso é importante, porque pode criar nas pessoas, desde cedo, o interesse na política como uma atividade nobre – disse.
As crianças vão votar em candidatos para a Presidência e para governador de estado. As eleições paralelas serão realizadas em escolas e no mesmo horário das oficiais.
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