Com 99,9% das urnas apuradas pela Justiça Eleitoral, o resultado apontou para a realização do segundo turno da eleição presidencial entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, e o candidato da aliança PSDB-PFL, Geraldo Alckmin. Lula tinha 48,60% (46.615.902) dos votos válidos; Alckmin (PSDB-PFL), 41,63% (39.931.351); Heloísa Helena (PSOL-PSTU-PCB), 6,85% (6.572.400); e Cristovam Buarque (PDT), 2,65% (2.537.711). Ana Maria Rangel (PRP) tinha 0,13% (126.286); Luciano Bivar (PSL), 0,06% (62.024); José Maria Eymael (PSDC), 0,07% (63.227); e Rui Costa Pimenta (PCO), 0,00%.
Em todo o país, de um total de 125.913.479 eleitores inscritos, já tinham sido apurados os votos de 99,9% eleitores. A abstenção chegara a 16,73%, e o total de votos era de 125.790.858, dos quais 95.908.901 eram válidos (ou seja, foram dados a um dos candidatos a presidente). Os votos brancos já somavam 2.864.146 (2,73%), e os nulos chegavam a 5.951.073 (5,68%). O segundo turno será no próximo dia 29.
Sem surpresas, o tucano José Serra confirmou a vitória no primeiro turno em São Paulo, com 58,12% do total, contra 31,5% do petista Aloizio Mercadante. Mais surpresas houve – e a maior delas veio da Bahia, onde Jaques Wagner, do PT, ganhou em primeiro turno (53,4% dos votos) contra o favorito, o atual governador Paulo Souto (PFL). Também surpreendeu, no Rio Grande do Sul, a virada da tucana Yeda Crusius (PSDB), que saltou de terceira nas pesquisas para a mais votada (32,9%).
Perdas
Favorito para vencer a disputa até poucos dias atrás, Lula começou a perder votos no mês passado, quando o escândalo da compra de dossiê por assessores petistas presos pela Polícia Federal foi explorado à exaustão pelos oposicionistas. Como refrão repetido a várias vozes, a pergunta ?de onde saiu R$ 1,7 milhão para comprar o dossiê?? tomou conta de embate desprovido de projetos de governo. Os principais adversários não se confrontaram. Lula se submeteu a duras entrevistas ao vivo em emissoras de TV, mas não foi aos três debates.
