| José Cruz / ABr |
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| Thomaz Nonô discursa: criticas |
Brasília – A eleição para a presidência da Câmara foi a mais disputada da história da Casa. Tanto no primeiro turno, que terminou empatado entre os dois principais postulantes, quanto no segundo. Ninguém se lembra de um empate na eleição interna, como ocorrido no primeiro turno entre o candidato do governo, Aldo Rebelo (PC do B-SP), e o da oposição, José Thomaz Nonô (PFL-AL). Os dois candidatos terminaram o primeiro turno da briga com 182 votos cada. ?Nunca vi nada parecido?, resumiu o vice-líder do PFL na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM).
Tanto Rebelo quanto Nonô receberam 182 votos. Em terceiro, ficou Ciro Nogueira (PP-PI), com 76 votos. Em seguida, vieram Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP), com 41 votos, Alceu Collares (PDT-RS), com 18, e Jair Bolsonaro (PP-RJ), que não foi votado. Houve 5 votos em branco e 3 nulos. O pefelista, que está em seu quarto mandato, lembra de outro confronto apertado. Citou a disputa pela presidência da Câmara em 1998 entre dois candidatos do mesmo partido: Michel Temer e Wilson Campos, ambos do PMDB. ?O Michel venceu em primeiro turno, mas por apenas um voto de diferença. Agora, empate, parece incrível?, comentou Avelino.
Deputado mais antigo da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que está em seu nono mandato, também mencionou a disputa de ontem como uma das mais emocionantes de todos os tempos. Antes do confronto na primeira etapa entre Aldo e Nonô, ?emoção parecida?, lembra, foi a mesma apontada por Pauderney Avelino, a vitória apertada de Temer para o posto.
Para Jutahy Júnior (PSDB-BA), deputado no quinto mandato, o empate entre Aldo e Nonô no primeiro turno mostrou ?o enfraquecimento? do governo. ?O governo Lula começou o mandato com 410 votos a 100. E agora viveu uma disputa palmo a palmo dessas?, destacou. ?Este governo não é mesmo nem sombra daquele que começou há pouco mais de dois anos.? Antes do duelo do segundo turno, Jutahy já alardeava um saldo positivo para a oposição na disputa de hoje pelo comando da Câmara. ?Não importa quem vença. A gente (oposição) já fez a quina. Se ganharmos no segundo turno, vamos ter acertado na Sena.?
