Brasília – A eleição para a mesa diretora da Câmara dos Deputados, marcada para 14 de fevereiro, deve ser a última realizada com urnas e cédulas de papel, como acontece desde o início da República. A informação foi dada pelo atual presidente da Casa, João Paulo Cunha (PT-SP), ao comentar projeto de resolução que está pronto para ser submetido ao plenário instituindo o voto eletrônico para escolha do presidente e demais membros da mesa.
"Eu não sei exatamente o tempo, mas acredito que, para a próxima eleição, vamos ter o novo modelo", afirmou João Paulo, ao ser questionado pela Agência Brasil sobre a possibilidade de o projeto entrar em votação ainda neste semestre. O sistema eletrônico, que preserva o sigilo do voto determinado pela Constituição Federal, já foi testado três vezes pelos funcionários da Câmara dos Deputados. Segundo o diretor-geral da Casa, Mozar Vianna de Paiva, os testes foram feitos "informalmente" com um universo de 90 pessoas, e tudo funcionou muito bem.
O projeto de resolução tramita na Câmara desde 2003 e só não entrou em votação no ano passado porque foi retirado da pauta, em abril, para reexame pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).