São Paulo – O El Niño está de volta. O volume maior de chuvas na Região Sul do País atualmente e o calor incomum durante os meses de inverno estão entre os principais indícios de que o fenômeno já começou a atuar sobre o país. “Existe a possibilidade de que continue até o ano que vem”, afirma o chefe do Centro de Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Francisco de Assis Diniz. Segundo ele, desta vez o El Niño apresentará uma intensidade entre fraca e moderada.

Por esse motivo, o fenômeno dificilmente provocará os mesmos estragos do período 1997/1998 – ou algo semelhante ao que ocorre agora na Europa e na Ásia. Na época, houve estiagem na Amazônia, seca prolongada no Nordeste, chuvas acima da média no Sul e calor muito superior ao normal no Sudeste. Além do aumento das chuvas no Sul e do calor no inverno, Diniz destaca que os brasileiros devem sentir uma primavera mais quente do que o usual. Ele não acredita que este ano o fenômento cause graves problemas como, por exemplo, piorar a estiagem no Nordeste. “De julho a novembro, não costuma chover na região”, diz.

O El Niño consiste no aquecimento anormal do Oceano Pacífico, o que provoca alterações climáticas em todo o mundo.

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