A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) deu nesta segunda-feira um ultimato aos grevistas: ou voltam ao trabalho ou não haverá mais negociações e o caso será tratado na Justiça. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (17), segundo a assessoria de imprensa da ECT, depois que a reunião com representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Fentect) sobre a greve que já dura cinco dias terminou em impasse. Até o começo da noite a Fentect não havia divulgado uma posição nacional sobre os rumos do movimento, mas em São Paulo a decisão foi pela manutenção da greve.

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A empresa alegou que cedeu em diversos pontos e espera a decisão dos trabalhadores pelo encerramento do movimento até as 12 horas de amanhã. De acordo com a assessoria dos Correios, os diretores aceitaram algumas reivindicações da categoria, como o auxílio-creche, o incremento do Correio Saúde – o plano de saúde dos funcionários -, um avanço no Plano de Cargos, Carreira e Salários e na Participação nos Lucros e Resultados. Caso os trabalhadores decidam pelo fim da greve até amanhã, a empresa se compromete a pagar pelos dias não trabalhados. Caso contrário, a ECT ameaça entrar na Justiça contra os grevistas e não pagar pelos dias de paralisação.

Segundo representantes da categoria, mesmo que os dirigentes da federação aceitem o retorno ao trabalho, a decisão sobre a manutenção ou não da greve terá de ser tomada em assembléias regionais, que só ocorrerão amanhã. Em São Paulo, os trabalhadores decidiram nesta segunda-feira pela manutenção da greve, em assembléia encerrada antes do fim da reunião de negociação da Fentect com a diretoria da empresa em Brasília. A Federação promete divulgar ainda nesta segunda-feira uma posição das suas lideranças.

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