Após seis meses consecutivos de alta, a economia de água feita pela população da Grande São Paulo ficou estagnada em maio, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira, 19, pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O volume poupado foi de 6,2 mil litros por segundo, igual ao medido em abril, suficiente para atender 1,9 milhão de pessoas em condições normais de abastecimento ou quase 2,5 milhões com racionamento.

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De acordo com a Sabesp, maio registrou o maior porcentual de adesão dos consumidores ao programa de bônus, implantado em fevereiro de 2014. No mês passado, 83% dos clientes da Grande São Paulo reduziram o consumo de água, enquanto o porcentual em março e abril foi de 82%. Desta forma, a parcela de imóveis que aumentou o gasto com água em relação à média de consumo antes da crise caiu de 18% em abril para 17% em maio.

Segundo a estatal, 10% desses clientes tiveram de pagar a sobretaxa de até 50% na conta, que entrou em vigor em janeiro deste ano. Outros 7% elevaram o gasto, mas não foram multados porque consomem menos de 10 mil litros mensais ou pagam a tarifa social, como moradores de favelas. “Tudo isso comprova que a população está cada vez mais consciente da importância do uso racional da água, fundamental para enfrentar a crise hídrica”, afirma a Sabesp.

Dos 83% que reduziram o gasto em maio, 73% ganharam o desconto na fatura (contra 72% em abril), enquanto os demais 10% diminuíram o consumo, mas não o suficiente para receber o bônus, que é concedido a quem baixar o consumo em relação à média do período de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014, quando a crise hídrica foi declarada.

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A Sabesp informou que ainda não computou quanto deixou de arrecadar com o bônus concedido ao cliente e quanto arrecadou com a multa no mês de maio. Até abril, segundo dados da companhia, os valores somavam R$ 288,7 milhões e R$ 123,9 milhões, respectivamente, neste ano.