No primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2006), a área desmatada da Amazônia Legal cresceu 9,92%, segundo cálculos em números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) citados na pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), passando de 652.248 km2 para 716.994 km2. Na segunda metade do período, houve queda no ritmo de destruição da mata. Mas, no ano passado, o crescimento da economia teve como efeito colateral o recrudescimento do ritmo da destruição da floresta.
Em uma série mais longa, de 1991 a 2006, o aumento da área devastada foi de 68,15%. ?A área total desflorestada se aproxima dos 20% da área florestal original da Amazônia (…) A velocidade com que o processo de desmatamento ocorre ainda é muito alta?, aponta a pesquisa.
O Estado que mais aumentou proporcionalmente a sua área de mata destruída foi o Amapá. O segundo Estado em aumento proporcional de área desmatada foi Roraima. O Estado que menos destruiu a floresta amazônica foi o Maranhão. Do total da área já desmatada em 2006, 33% ficam no Pará, Estado com maior pedaço da região desflorestada. Mato Grosso é o segundo nessa conta: tem 27% do território desmatado.