O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse que é preciso encontrar um meio termo entre a postura da oposição, que não admite a edição de mais nenhuma medida provisória, e a posição do governo que considera importante ter esse instrumento. "Se tiver uma saída tem que ser um meio termo dessas duas posições", afirmou ao deixar a reunião do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com a bancada do PT na Câmara, para discutir a reforma tributária.

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Chinaglia disse que está trabalhando para fazer um acordo que evite obstruções na pauta de votação. "Acho que ainda há sensibilidade, ainda que a temperatura esteja elevada", afirmou Chinaglia, referindo-se ao humor da oposição. Ele disse que não tem como avaliar qual seria a reação da oposição com a chegada de uma nova medida provisória. O Ministério do Planejamento anunciou que encaminharia nesta semana uma medida provisória com o reajuste salarial para várias categorias do funcionalismo público. Por se tratar de aumento salarial, Chinaglia acredita que a MP não deverá encontrar resistências no Congresso.

Para atender às emergências da Casa, o presidente da Câmara disse que tem trabalhado "em regime de UTI". "O necessário agora é fazer um acordo entre governo e oposição para atender os interesses do País, como a reforma tributária. Se tiver obstrução, a reforma tributária não sai", disse Chinaglia. Ele afirmou que pretende marcar um novo encontro com Mantega para discutir os pontos essenciais da reforma tributária e que considera útil as reuniões realizadas com as bancadas para apresentar a proposta de reforma. "Valorizo esse trabalho de construção", afirmou.

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