Em depoimento à CPI da Apagão Aéreo na Câmara, o presidente da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves, George Cezar de Araripe Sucupira, afirmou nesta quarta-feira (6) que não há possibilidade de ter-se desligado acidentalmente o transponder do jato Legacy que se chocou com um Boeing da Gol em 29 de setembro do ano passado, num acidente em que morreram 154 pessoas.
"Não existe a hipótese de o transponder ser desligado sem a interferência do piloto", afirmou Sucupira, no depoimento. Ele afirmou que é "um absurdo" a Justiça ter indiciado os quatro controladores de vôo que estavam de serviço no dia do acidente, principalmente no caso do controlador Jomarcelo Fernandes dos Santos, formalmente acusado, na Justiça, de homicídio com dolo eventual. "É um absurdo querer imputar a um controlador um crime doloso. Ele foi negligente. Então, é culpa, não é dolo", argumentou Sucupira.
A CPI da Câmara ouvirá ainda hoje o depoimento de Daniel Bachman um dos dois funcionários da Embraer que estavam dentro do jato Legacy no dia do acidente (29 de setembro).
No Senado, a outra CPI que investiga a crise no setor aéreo inicia sessão às 13h30, quando o relator, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), apresenta seu parecer preliminar sobre o acidente com o jato Legacy e o Boeing da Gol. O relator já adiantou que, em seu texto, considera culpados pelo acidente (crime culposo, neste caso) os quatro controladores de vôo.
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