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Hélvio Romero/AE
Valéria e Michele Gomes de Oliveira, mãe e irmã do garoto.

São Paulo (AE) – Armados, dois homens, em uma moto, atiraram, por volta das 21h30 de quarta-feira, contra a cabeça de Eduardo Gomes de Oliveira, de apenas 12 anos, quando a criança preparava-se para atravessar a rua País Natal, onde mora, no Jaçanã, zona norte da capital paulista. O menino, de posse de um DVD, iria emprestá-lo a uma vizinha. Mesmo encaminhado pela própria mãe ao pronto-socorro do Hospital São Luiz Gonzaga, no mesmo bairro, o garoto não resistiu e morreu.

Segundos depois dos disparos, o pai da vítima, o pedreiro Eduardo de Oliveira, de 42 anos, saiu à rua e foi comunicado por vizinhos que o tiro tinha sido disparado por dois homens que ocupavam uma moto. Furioso, Eduardo teria recebido uma arma das mãos de um desconhecido e, na garupa de outra moto, foi atrás dos assassinos do filho.

Policiais militares, acionados via 190, já cientes do ocorrido com a criança, começaram a caçar os atiradores, mas trombaram com a moto onde estavam o pai de Eduardo e o rapaz que lhe dava carona. Pensando que a dupla fosse a mesma que havia atirado contra a criança, afinal Eduardo estava armado, os PMs encaminharam os suspeitos para o 73.º Distrito Policial.

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Lá, o pedreiro conseguiu provar que era o pai da criança e que havia se armado para ir atrás dos assassinos e fazer justiça. Ao levantar a ficha criminal de Eduardo, a Polícia Civil verificou que o pedreiro já fora indiciado em outras ocasiões por homicídio, receptação, tráfico de drogas e resistência à prisão, e havia saído da cadeia fazia 4 anos.

Os atiradores seguem foragidos e o pai da vítima foi preso por porte ilegal de arma. Em razão dos antecedentes criminais de Eduardo, a polícia acredita que a morte da criança teria sido um acerto de contas com o pedreiro ou então uma vingança. Eduardo cursava a 7.ª série do ensino fundamental, criava alguns bichinhos de estimação em casa e dizia que gostaria de ser veterinário.

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