Brasília – A pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, o Ministério Público Federal de Minas Gerais vai apurar a origem dos pagamentos recebidos pela empresa do publicitário Duda Mendonça, por serviços prestados à campanha de reeleição do senador Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais, em 1998.
Os eventuais beneficiários do esquema de desvio de recursos públicos para favorecer a campanha, descrito na denúncia já oferecida pela procuradoria ao STF, podem ser responsabilizados civil e penalmente.
O advogado Tales Castelo Branco, responsável pela defesa de Duda e de sua sócia Zilmar Fernandes na ação penal relativa ao mensalão, em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), disse que seus clientes não têm o que temer nas investigações.
?O Duda não pode supor que a origem do dinheiro recebido de algum cliente é ilícita. A presunção é de que o pagamento seja idôneo. O negócio dele é só fazer propaganda?, afirmou.
Castelo Branco disse em entrevista à Agência Brasil que qualquer irregularidade fiscal sobre os pagamentos recebidos por Duda na campanha de Azeredo teria que ser apurada pela Receita Federal. Segundo ele, a manifestação da defesa dependeria de que ?algo seja posto em termos concretos?.
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