Bem que a equipe do prefeito João Doria (PSDB) tentou convencer a população a participar, mas no primeiro mutirão feito na manhã deste domingo pelo tucano no Itaim Paulista, no extremo leste de São Paulo, só os funcionários da Prefeitura trabalharam.

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Os moradores do bairro até vestiram a camiseta da ação, batizada de Mutirão Mario Covas, mas a maioria preferiu tirar fotos com o prefeito. Às 12h30, cerca de 45 minutos após a saída de Doria, as equipes municipais que reformam guias e sarjetas já se preparavam para ir embora.

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“Isso aqui não foi mutirão, não. Só conversa, cena para foto. Os únicos que trabalharam foram os funcionários da Prefeitura e acho que está certo. A gente paga impostos, tem de vir para mostrar o que está errado”, disse Maria Dinorá Oliveira, de 70 anos. Ela e suas amigas vestiam a camiseta entregue pelos assessores do prefeito pouco antes de ele chegar, às 10h. “Ninguém me chamou para trabalhar, só para representar os usuários do Parque Santa Amélia. Esperamos o prefeito chegar, tiramos fotos e explicamos o que falta aqui”, afirmou Maria Laura da Trindade, de 60 anos.

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Doria, no entanto, quis mostrar serviço. Com luvas e capacete, transportou pedras, pegou na enxada para misturar o cimento e usá-lo para cobrir outro ponto da calçada em reforma, vistoriou banheiros, plantou uma árvore, brincou com crianças, abraçou eleitores e ainda foi chamado de “gato”, num típico dia de campanha.

“Cada ato que o prefeito participa tem um simbolismo. Então, não se preocupem se o prefeito varreu 20 minutos a rua ou fez a calçada por 15 minutos. O significado disso é o exemplo, a atitude”, disse Doria, após passar pouco mais de 15 minutos tentando fazer um trecho de calçada, onde desenhou a sigla SP dentro de um coração.

O prefeito também anunciou a criação do programa Calçada Nova, mas sem definir metas como quilômetros de calçadas a serem reformados, orçamento ou prazos. Doria disse apenas que a ação se dará da periferia para o centro. No próximo domingo, será a vez de um bairro do extremo sul da capital.

Sobre a baixa participação popular no Itaim, ele afirmou que os moradores vão colocar a mão na massa. Mas, assim que Doria deixou o parque, o prefeito regional do Itaim Paulista, José Denício Pontes Agostinho, ainda tentou reunir os voluntários, sem sucesso. “Eles vão voltar ao longo da semana para a gente terminar”, disse.

Bike.

À tarde, o prefeito foi pedalar na Avenida Paulista, que fechou para carros ontem às 13h, por causa da prova da Fuvest. O tucano levou parte do secretariado, como o chefe de Transportes e Mobilidade, Sérgio Avelleda. Durante a manhã, Doria reafirmou que vai retirar as ciclovias pintadas em calçadas estreitas e ampliar a rede de ciclofaixas de lazer para a periferia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.