Os prefeitos João Doria (PSDB) e Marcelo Crivella (PRB) anunciaram nesta terça-feira, 31, no Rio, um acordo entre as prefeituras de São Paulo e do Rio que cria um consórcio para a compra coletiva de remédios para abastecer as redes de saúde das duas cidades. A economia será de 20%, segundo eles.

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A primeira compra deve ser em dezembro. As regras de licitação das duas cidades serão observadas, disseram os prefeitos, assim como as necessidades dos estoques de cada uma.

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“É política pública de qualidade. Vamos comprar mais por menos. É um princípio óbvio da gestão privada”, afirmou Doria, que disse que sua aliança com Crivella, a quem chamou de “amigo de uma vida”, “é do coração, e não pela eleição”, ao ser questionado sobre o pleito presidencial de 2018.

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“É um novo momento na política. Eu e Doria entendemos que desde que o mundo se organiza com o capitalismo a maneira de baixar preço é com a escala”, declarou o prefeito do Rio.

Na cerimônia de assinatura, Crivella foi pressionado por funcionários de Organizações Sociais (OSs) presentes, que estão com salários atrasados há dois meses e sem perspectiva para o ano que vem. São cinco OSs na cidade, que gerem 227 clínicas da família. Segundo a Associação de Médicos de Família e Comunidades, 70% estão em greve há cinco dias.

Faltam medicamentos para os atendimentos, como anti-hipertensivos, remédios para diabetes e até Dipirona, além de pessoal. Crivella prometeu acelerar os pagamentos e culpou os gastos com a Olimpíada de 2016 pela falta de recursos em caixa.

“A situação é de muito incerteza. A gente não tem como acreditar em quem não cumpre com a palavra. No início do ano Crivella bloqueou R$ 540 milhões das OSs, e o dinheiro não foi reposto”, criticou Moisés Nunes, presidente da associação.