Pais de crianças que se queixam de dor de cabeça devem ficar atentos: mais do que simples manha, ela pode estar relacionada ao aumento de problemas comportamentais, como revela pesquisa feita na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
Segundo estudo da psicóloga Luciana Leonetti Correia, as crianças que se queixam desse tipo de dor apresentam mais desvios de comportamento – retraimento, agressividade e reação emocional – do que as que não sentem o incômodo. Além disso, costumam ter desconforto em relação à intensidade da luz, do som e de movimentos.
A avaliação foi feita a partir de questionários respondidos pelas mães de 75 crianças, com idades de 3 a 5 anos.
Outro dado importante refere-se à hereditariedade. “As chances de as crianças apresentarem dor de cabeça são cinco vezes maiores nas famílias em que as mães também sofrem desse mal”, explica Lu.
O neurologista especializado em infância e adolescência Marco Antônio Arruda explica que a dor de cabeça não é uma doença e sim um sintoma. “Podemos ter 200 causas para a dor. Temos de dividir as dores de cabeça agudas, que podem ocorrer por conta de uma gripe, da dor crônica.”
Segundo o médico, a enxaqueca e a cefaleia do tipo tensional são as que mais atingem crianças e adolescentes.