O empresário Luiz Carlos Soares, proprietário da União do Litoral – companhia de transporte com sede em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo -, dono do ônibus envolvido no acidente que matou 18 pessoas na Rodovia Mogi-Bertioga em 8 de junho, responde na Justiça por outro acidente, em 2012, que resultou na morte da fiscal ambiental Jacqueline de Oliveira Ranciaro, de 50 anos. O processo, do Ministério Público, é sigiloso.

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A informação foi confirmada pelo próprio empresário, por meio da assessoria de imprensa, que enviou nota para a reportagem contando detalhes do processo e ratificando que, desde sua fundação, há 25 anos, o acidente em Bertioga foi o primeiro registrado pela empresa no qual passageiros que estavam sob sua responsabilidade morreram.

A nota (assinada pelo empresário) enviada nesta quinta-feira, 14, sobre o acidente de 25 de março de 2012 confirma que o Soares guiava um ônibus da União do Litoral, mas para fins particulares, pela Rodovia Manoel Hipólito Rego, que liga Caraguatatuba a São Sebastião e faz parte da Rodovia Rio-Santos.

“Nas proximidades da Praia das Cigarras (em São Sebastião), Luiz Carlos Soares foi surpreendido em uma curva por um automóvel Volkswagen, modelo Voyage, que invadiu a pista contraria. Mesmo tendo o micro-ônibus freado, foi inevitável o choque”, diz a nota.

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Ainda segundo a nota, uma perícia feita pela polícia de São Sebastião corrobora essa afirmação. “O laudo é parte integrante dos autos do processo e, segundo consta, a apuração dos peritos leva ao entendimento de que o Voyage invadiu a pista contrária, dando causa ao acidente. Existe também o laudo realizado pela Polícia Rodoviária Estadual que aponta o sítio de colisão dos veículos”, especifica a empresa.

Ameaça

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No que diz respeito à testemunha do acidente de 2012 que teria sido ameaçada por Luiz Carlos Soares, o empresário nega a acusação e afirma desconhecer essa pessoa. “Tal testemunha encontra-se em local incerto e não sabido. As autoridades tentam localizar seu endereço”, diz.

Soares ressalta que, em audiência realizada em 7 de junho, surgiu um fato novo. “Uma testemunha afirma, por meio de certidão cartorária, que conhece minuciosamente os fatos que geraram o acidente. Acreditamos que cairão por terra todos os argumentos apresentados até então”, conclui. “O conjunto das fotos que compõem os autos são provas incontestes da veracidade dos fatos.”