Brasília
– A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Donna Hrinak, afirmou ontem que na região da Tríplice Fronteira – entre Argentina, Brasil e Paraguai – lava-se dinheiro que pode ser usado para financiar o terrorismo. No entanto, a embaixadora disse que não se detectaram elementos terroristas nessa área fronteiriça que compartilham os três países sul-americanos, apesar de denúncias sobre a suposta presença de extremistas islâmicos na zona.“O que mais há é lavagem de dinheiro que pode ajudar os terroristas no Oriente Médio”, disse a diplomata, antes de ressaltar a colaboração dos três países na luta dos EUA contra o terrorismo, desde os atentados de 11 de setembro do ano passado. “Não podemos pedir mais”, disse, pois a colaboração e os intercâmbios de informação têm sido “excelentes”, assegurou, antes de destacar a liderança do Brasil junto à OEA “colocando o hemisfério contra o terrorismo”.
A embaixadora destacou o papel exercido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso depois dos ataques terroristas. Segundo Donna, graças à ação de FHC, a Organização dos Estados Americanos (OEA) formalizou seu apoio às ações de represália, respaldada pelo Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar). “Não podemos pedir mais”, disse.
O Brasil, acrescentou a embaixadora, foi o primeiro país a manifestar solidariedade aos norte-americanos, além de ter sido a única nação em que seu presidente fez questão de prestar uma homenagem às 3 mill vítimas do ato terrorista, com visita à sede da embaixada americana.
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