Dona da Daslu depõe e culpa as importadoras

A proprietária da butique de luxo Daslu, Eliana Tranchesi depôs ontem na Justiça Federal, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Eliana chegou às 14h40, entrou no prédio onde funciona a Justiça Federal, escoltada por sete seguranças. Pela manhã, o irmão dela, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, sócio da Daslu, depôs durante três horas e meia. Segundo o advogado de ambos, Antonio Claudio Mariz de Oliveira, a butique compra os produtos que vende diretamente de importadores e os sócios desconheciam qualquer irregularidade na importação desse produto. ?As compras eram feitas com os produtos já nacionalizados pelas importadores?, alega o advogado Mariz.

São Paulo (AE) – A juíza federal que analisa o processo contra os proprietários da loja Daslu determinou que um oficial de Justiça faça uma busca nos escritórios da empresa para conseguir os livros contábeis com a movimentação financeira registrada entre 2001 e 2005. Se os livros não aparecerem, a juíza ameaça prender Eliana Tranchesi, dona da Daslu, ou seu irmão Antônio Carlos Piva de Albuquerque, diretor financeiro da loja.

Eliana, o irmão e outras cinco pessoas ligadas a importadoras e à Daslu foram denunciadas pelo Ministério Público Fede-ral na semana passada acusadas pelos crimes de formação de quadrilha, contrabando, tentativa de contrabando e falsidade ideológica por fraude em declarações de importação. Segundo o MPF, a Daslu, a loja mais luxuosa do País, está no centro de uma ?organização criminosa? que subfaturava preços de produtos em operações de importação e exportação com o objetivo de sonegar impostos. Caso seja condenada, a empresária está sujeita a uma condenação de até 21 anos de prisão.

Na loja de 20 mil m2 – um palacete de estilo neoclássico, que custou R$ 200 milhões, e reúne as grifes mais famosas do mundo – a maior parte dos funcionários acredita que tudo se resolverá ?bem?, mas há aqueles que temem ir para a rua. A Daslu tem uma creche para filhos de funcionários de até 8 anos de idade, e perder o emprego e esse benefício é o maior temor para os empregados. Pela butique circulam diariamente 1.500 pessoas. 

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