A doméstica Cícera de Fátima Ferreira da Silva, de 56 anos, foi assassinada pelo ex-marido na noite de quarta-feira, 2, em Sorocaba, no interior de São Paulo, dois dias depois de ter ido à polícia pedir proteção contra ele. Cícera foi morta a facadas dentro de casa, e o suspeito do crime, o pedreiro Edvaldo José da Silva, de 58 anos, está foragido.

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O assassinato aconteceu horas antes de uma audiência marcada no fórum em que ela prestaria esclarecimentos sobre as ameaças e deveria receber medidas protetivas, entre elas a proibição de que o ex se aproximasse dela.

O casal estava separado desde o início do ano passado, após uma união de 22 anos em que teve um filho. Eles moravam em Bauru, e Cícera se mudou para Sorocaba por causa das ameaças do ex.

Na segunda-feira, 29, ela procurou a Delegacia de Defesa da Mulher para relatar que, no dia anterior, ele a tinha ameaçado de morte por telefone. Silva exigia dinheiro para não matá-la. A Polícia Civil encaminhou ao fórum o pedido de medidas protetivas dois dias depois.

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A mulher foi morta quando chegava em casa com uma amiga. O marido estava escondido atrás do muro da residência, no Parque Vitória Régia, e a golpeou várias vezes. Em seguida, jogou a faca em um terreno baldio e fugiu. A arma foi encontrada pela polícia.

O juiz da Vara da Violência Doméstica de Sorocaba, Hugo Maranzano, disse que o caso não deve desestimular a denúncia por parte de mulheres ameaçadas. Segundo ele, é a primeira vez que a medida protetiva deixa de ser concedida porque a vítima foi assassinada menos de 24 horas antes.

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