Dois travestis foram assassinados nesta madrugada em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. De acordo com relatos de testemunhas, o crime teria sido cometido por ocupantes de um carro que percorriam os arredores do bairro armados de pistolas. A região é um ponto conhecido de prostituição. Outros travestis teriam sido alvo dos criminosos, mas não há registro de feridos ou mais mortes.

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O primeiro crime ocorreu por volta das 3h20, segundo registro da delegacia da Taquara (32ª DP), quando Maicon Teixeira Karan Mendes, de 20 anos, foi baleado na rua Atituba, próximo ao Clube Português. Ele foi atingido no tórax e chegou a ser socorrido no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos.

Na Estrada dos Bandeirantes, próximo ao local do primeiro crime, outro travesti, identificado por populares como Alex Eduardo Silva, foi encontrado morto no asfalto. A polícia suspeita que ele tenha sido morto pelos mesmos criminosos, meia hora depois. Testemunhas chegaram a dizer que ele foi retirado de um veículo Kombi e executado com tiros de pistola, mas a polícia não tem registro disso. O corpo foi encaminhado diretamente ao Instituto Médico Legal (IML), no centro do Rio.

Casos de agressões a prostitutas e travestis foram registrados nesse ano na zona oeste do Rio. Em junho, a empregada doméstica Sirlei Dias de Carvalho Pinto foi espancada na Barra da Tijuca por jovens ao ser confundida por eles com uma prostituta. Garotas de programa e travestis que trabalham na região contam que são atacados por agressores com freqüência. Em novembro, dois jovens que agrediram prostitutas e travestis com um extintor do incêndio foram condenados a prestar serviços comunitários.

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Em 2007 também foram registrados crimes contra homossexuais. Em agosto, um casal de gays foi agredido depois de participar da Parada Gay de Niterói. Em novembro, Ferruccio Silvestro, de 19 anos, foi perseguido e espancado por três jovens quando saía de uma boate gay também em Niterói. Os agressores provocaram hematomas e ferimentos graves no rosto do rapaz, que os denunciou à polícia.