Brasília – O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), quer adotar medidas para tentar coibir o desaparecimento de documentos enviados à CPMI para investigação. O senador comunicou que, "pela segunda vez, desapareceram documentos encaminhados à comissão". Desta vez, foram documentos do Banco Rural referentes a um saque de R$ 50 mil na agência de Brasília.
A partir de agora, os parlamentares que quiserem ter acesso aos documentos requeridos pela CPMI terão que assinar um termo de compromisso assumindo a responsabilidade pelo material apresentado, informou Delcídio Amaral. O presidente da CPMI decidiu ainda dar conhecimento às lideranças partidárias de toda a documentação que for encaminhada à comissão. Outra decisão tomada por Amaral é que os parlamentares da comissão só terão acesso à documentação depois que ela for sistematizada pelos técnicos da CPMI.
Estas são apenas algumas das providências que o presidente da comissão pretende tomar a partir do sumiço do documento do Coaf e o sigilo bancário da esposa do deputado João Paulo. "Existem outras que eu não posso tornar públicas", afirmou o senador à Agência Brasil. Neste momento, o presidente da CPMI dos Correios está reunido com o delegado responsável pelas investigações de suposta corrupção em órgãos do governo federal, Luiz Flavio Zampronha.