Em entrevista coletiva, o comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, em São Cristóvão, o tenente-coronel Marcos Vinícius Prado, admitiu que todos os disparos efetuados durante o sequestro do ônibus da linha Praça XV/Duque de Caxias, na noite de ontem, partiram das armas dos policiais militares que participaram da ação de resgate. Ele reconheceu que os bandidos que tomaram o coletivo não atiraram contra os policiais. Cinco pessoas foram baleadas, uma delas está internada em estado grave no Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio.

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Cinco pistolas usadas por policiais ontem à noite foram apreendidas na 6ª Delegacia de Polícia, em Cidade Nova, onde o caso está sendo investigado. De acordo com o comandante do 4º BPM, os disparos foram efetuados “a uma distância de não mais do que 20 metros”, com o objetivo de furar os pneus e evitar o deslocamento do veículo e a consequente fuga dos sequestradores. No entanto, pelo menos 16 tiros, segundo ele, atingiram a lataria do ônibus e alguns deles provocaram ferimentos nos reféns.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, que na noite de ontem havia considerado um sucesso a operação da polícia, viu-se obrigado a recuar. Para ele, os tiros contra os pneus de um veículo com reféns “não fazem parte do protocolo”.

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