O ministro da Defesa, Nelson Jobim, não encontrará resistência, segundo militares ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo. O discurso de posse agradou a todos porque tocou em pontos que as Forças Armadas consideram fundamentais: disse que quer ouvir diferentes áreas, avisou que não vai faltar e destacou a unidade de comando. O fato de Jobim não ser do setor, na avaliação dos militares, não é problema – nenhum dos titulares da pasta, até hoje, era ligado diretamente às Forças Armadas.

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?Acredito que a troca, com os novos poderes dados ao ministro da Defesa, vai facilitar muito a solução da crise?, declarou a ministra do Turismo, Marta Suplicy. ?Uma coisa tenho certeza: de tédio nós não morreremos com Jobim na Defesa?, disse o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto.

Já os deputados de oposição que integram a CPI do Apagão Aéreo da Câmara elogiaram a escolha, mas disseram que a mudança mais importante no ministério é impor a autoridade. "É necessária mudança radical na política de governo. Mexer na Infraero, na Anac, ter poder de fogo para enquadrar as companhias", diz o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

O petista Pepe Vargas (RS) disse que "cabe ao ministro se fazer respeitar". "Não tinha mais condição (de Valdir Pires continuar). Até para preservar a figura que ele é. Houve um acúmulo de desgastes", comentou. Sobre o fato de Jobim ter integrado o governo Fernando Henrique, ele admitiu que "preferia um ministro do PT". A nomeação também agradou ao governador de São Paulo, José Serra, e ao prefeito paulistano, Gilberto Kassab.

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