Dirigente do BC sugere que famílias busquem opções mais baratas de crédito

Brasília – O aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a crise no mercado internacional devem levar à redução do ritmo do crescimento do crédito e das taxas de juros neste ano. A expectativa é do chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

Com esse cenário, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central sugere que as famílias busquem as opções mais baratas de crédito. ?Crédito é bom quando você tem necessidade. Principalmente quando se está endividado a taxas mais elevadas, buscar alternativas de crédito mais baratas e sempre negociar com as instituições financeiras, porque de repente há espaço para negociação e para redução de custos por parte das instituições financeiras.?

Segundo dados divulgados nesta terça-feira (29) pelo Banco Central, o crédito cresceu 27,3% no ano passado. Para 2008, Lopes lembrou que a expectativa de mercado é de crescimento entre 20 e 25%.

A relação entre o volume de crédito (R$ R$ 932,311) e o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no país, ficou em 34,7%, o índice mais elevado desde maio de 1995 (35,1%). Lopes lembrou que o crédito é importante para o consumo de bens duráveis, aqueles de maior valor.

No caso da taxa cobrada de pessoas físicas, a redução foi de 8,2 pontos percentuais em 12 meses e ficou em 43,9% ao ano, a menor de 1994. A taxa média de juros (empresas e pessoas físicas) totalizou 33,8% ao ano, a menor desde 2000.

?No que diz respeito a taxas, já não se tem espaço para tantas reduções e, se levarmos em consideração um menor espaço para redução de taxas, é de se esperar também um crescimento menor no volume de crédito?, disse Lopes.

No início deste ano, o governo aumentou as alíquotas do IOF e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras, para compensar perdas com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Segundo especialistas, com isso, as operações de crédito feitas por pessoas físicas ficaram mais caras.

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