A perícia no laboratório do Serviço Técnico Científico da Polícia Federal (PF) em Manaus, local onde ontem ocorreu a explosão de um artefato que matou três peritos criminais, foi iniciada neste domingo (1.º) assim que seis peritos de Brasília chegaram à capital amazonense, junto com o diretor-geral da corporação, o delegado Luiz Fernando Corrêa.

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Durante coletiva à imprensa, o diretor-geral não descartou a possibilidade de um atentado, mas afirmou que não há qualquer indício, até o momento, que aponta para um ato provocado. “Não temos nenhuma tese preestabelecida. O local do crime será explorado tecnicamente. Não podemos afirmar nada neste momento, muito menos atribuir a um atentado. Não há nada indicando a possibilidade.”

Corrêa descartou ainda a possibilidade de o artefato ter sido perfurado por terceiros antes de chegar ao laboratório da PF. De acordo com o ele, a perfuração foi feita por peritos dentro dos Correios, em novembro do ano passado, quando a droga foi detectada. Questionado sobre a demora para inspeção, o superintendente da corporação no Amazonas, Sérgio Fontes, disse que não há um prazo para conclusão e que os peritos faziam, ontem, uma segunda avaliação.

O superintendente destacou ainda a experiência de 15 anos de PF do perito Antônio Carlos de Oliveira, de 45 anos, que morreu na hora da explosão. Os demais peritos, Max Augusto Neves Nunes, de 33 anos, e Maurício Barreto da Silva, de 36, morreram hoje, depois de terem passado por cirurgias durante a madrugada. Max e Maurício estavam com 95% dos corpos queimados.

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