O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que só vai se manifestar sobre a situação do novo diretor da Agência Nacional de Saúde (ANS), Elano Figueiredo, após a Comissão de Ética da Presidência da República julgar o caso. “O Ministério da Saúde já encaminhou a documentação para comissão de ética. O que fez o ministério sugerir e encaminhar esse nome à direção da ANS foi a experiência desse indicado como diretor adjunto da ANS desde 2012”, afirmou.
Segundo Padilha, o diretor não participou de qualquer processo da operadora da qual tenha trabalhado antes de entrar na ANS. “A avaliação do ministério foi exclusiva ao período que ele atuou na ANS”, completou.
O jornal O Estado de S. Paulo revelou que Figueiredo trabalhou como representante da operadora Hapvida em vários períodos de 2001 a 2010, sendo quase dois anos com carteira assinada. A operadora de planos de saúde informou que ele exerceu o cargo de assessor jurídico, como celetista, entre outubro de 2008 a junho de 2010, informação que ele sonegou, no currículo enviado ao Senado, que o aprovou em sabatina marcada em tempo relâmpago. Na Justiça Federal, ele atuou como advogado da empresa em ao menos 21 processos contra a agência reguladora.
Figueiredo tem negado o trabalho formal para a Hapvida, empresa que responde a diversos processos na ANS que serão julgados na gestão do novo diretor. O ranking de reclamações a coloca em 18ª colocada como a operadora mais reclamada pelos usuários no País.