Brasília – Quarenta e oito pessoas acusadas de roubar madeira e explorar os recursos naturais do Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso, serão julgadas pela prática de estelionato, falsidade ideológica, crimes ambientais, furto, receptação e formação de quadrilha. Entre os acusados está o diretor de Florestas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Antônio Carlos Hummel.
A Justiça Federal de Mato Grosso acatou, Na última terça-feira (12), a denúncia do Ministério Público Federal no Mato Grosso. Essas pessoas foram investigadas pela Polícia Federal na Operação Mapinguari, realizada em maio. Na época, dos 48 suspeitos, 31 foram presos. Seis deles, lideranças indígenas da etnia Trumai.
O interrogatório de duas lideranças indígenas está marcado para esta quarta-feira (13) na Polícia Federal de Mato Grosso. Os outros acusados são empresários, madeireiros, proprietários rurais, grileiros, técnicos, consultores ambientais e servidores públicos do Ibama e da Secretaria de Meio Ambiente do estado.
Os acusados vão responder pelos crimes na 1ª Vara Criminal Federal. Eles poderão recorrer da decisão depois do julgamento.
Procurado pela reportagem do Jornal da Amazônia, Antônio Carlos Hummel não quis comentar o assunto. O parque se situa em uma área com cerca de 27 mil quilômetros quadrados no norte do estado.