Dioceses da Amazônia, a região mais desprovida de padres do Brasil, fizeram um apelo para que os bispos do Sul e do Sudeste lhes enviem voluntários para atender a população ribeirinha. “Temos paróquias e áreas pastorais imensas com pouquíssimos sacerdotes”, disse ontem o bispo de Santarém (PA), d. Esmeraldo Barreto de Farias, na Assembleia-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que debate no convento de Itaici, município de Indaiatuba (SP), a formação de sacerdotes.

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D. Esmeraldo é o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada. Segundo estatísticas divulgadas pela Organização dos Seminários e Institutos Filosófico-Teológicos do Brasil (Osib) e pela Comissão Nacional dos Presbíteros (CNP), o número de padres, diocesanos e religiosos, é de aproximadamente 18.100. Isso significa 1 padre para cada 10 mil habitantes, a mesma proporção de 50 anos atrás – ou dez vezes menos que o ideal.

Os seminaristas diocesanos, cerca de 9 mil em diversas etapas mantêm o mesmo número do ano 2000. D. Esmeraldo explica que as matrículas caíram em alguns seminários e aumentaram em outros. Como não há padres suficientes, os bispos investem na ordenação de diáconos permanentes e incentivam o engajamento de leigos na pastoral. Os diáconos permanentes são homens casados que também fazem cursos de Teologia e podem pregar e administrar alguns sacramentos, como distribuir a eucaristia, fazer casamento e dar a extrema unção.

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