Fortaleza (AE) – Segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) ao juiz Danilo Fontenelle Sampaio, da 11.ª Vara da Justiça Federal, no Ceará, R$ 12 milhões dos R$ 164,7 milhões furtados por meio de um túnel, do Banco Central (BC) de Fortaleza, ano passado, estariam escondidos em Boa Viagem (CE) e em Alto Alegre (MA). Sampaio começa a ouvir, na próxima semana, 23 acusados presos durante a Operação Facção Toupeira.

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O MPF relata, a partir do depoimento colhido por policiais federais de um dos líderes da quadrilha, como o dinheiro foi retirado do cofre e traz ainda fatos inusitados como, por exemplo, a possível utilização de R$ 1 milhão para bancar o casamento de Amarildo Dias da Rocha, o ?Polaco?, que é parente de um dos ladrões e atuava como tesoureiro do grupo.

A festa foi realizada no dia 26 de maio deste ano em Diadema, na Grande São Paulo. No evento estariam presentes as principais lideranças da quadrilha. De acordo com reportagem veiculada na edição de ontem do jornal cearense O Povo, o advogado Eliseu Minichilo, o Doutor Paciência, que defende boa parte dos acusados, era um dos padrinhos. Também segundo o jornal, o delegado Antonio Celso, responsável pelas interceptações, disse que o valor da festa ficou bem abaixo disso e que a alusão ao montante seria uma brincadeira.

O documento do MPF traz trechos de conversas telefônicas interceptadas durante a Operação Facção Toupeira que prendeu, em setembro deste ano, elementos da quadrilha quando se preparavam para cavar dois novos túneis. Um deles seria usado para arrombar os cofres de dois bancos em Porto Alegre (RS) e o outro em Maceió (AL).

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