Após sobrevoar a região metropolitana de Vitória para avaliar o estrago provocado por uma semana de chuvas intensas, que já deixaram mais de 46 mil desabrigados, a presidente Dilma Rousseff reeditou na manhã desta terça-feira, 24, a promessa de liberação de R$ 600 milhões, em recursos do PAC, para o Espírito Santo.
“A prioridade, no momento, é salvar vidas. Resgatar pessoas e abrigá-las adequadamente”, disse a presidente. O governo federal anunciou auxílio técnico ao governo capixaba. A partir do dia 26, homens do Exército devem construir pontes móveis para auxiliar o acesso às regiões mais atingidas. A primeira deverá ser na ES-080, no acesso à cidade de Santa Leopoldina.
Ao todo, 14 pessoas já morreram em deslizamentos de terra ou em alagamentos, segundo o governador Renato Casagrande (PSB). Mais de 46 mil pessoas estão desabrigadas. É o maior volume de chuvas desde 1979. O Estado está em situação de emergência.
A comitiva de Dilma contou com os ministros da Saúde, Alexandre Padilha; da Integração Nacional, Francisco Teixeira; da Defesa, Celso Amorim; da Secretaria Nacional da Defesa Civil, Adriano Pereira; e da cúpula do Exército. Ela sobrevoou a região por cerca de 40 minutos.
Antes de falar com a imprensa, Dilma se reuniu com prefeitos das cidades mais castigadas pela tempestade. Ao todo, 47 municípios estão em situação de emergência. “Já identificamos ao menos três grandes obras que precisam ser feitas na minha cidade. Vou pedir R$ 50 milhões à presidente. Seria bom também um auxílio às famílias que recebem Bolsa Família para elas mobiliarem suas casas”, declarou o prefeito de Serra, Audifax Barcelos (PSB).
Questionada sobre a liberação de mais verbas, Dilma afirmou que todos os projetos propostos serão analisadas. Mesmo assim, ela anunciou que liberaria recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para as famílias atingidas. “Temos também um cartão, para auxiliar as famílias vítimas de desastres naturais”, disse a presidente, sem mais detalhes.
Foi a primeira vez que Dilma pisou em solo capixaba como presidente da República. Quando a ausência foi cobrada pela imprensa local, afirmou que nenhum presidente havia visitado o Estado no dia de Natal