Foto: Marcos Vieira/Estado de Minas |
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Dilma Rousseff com o governador Aécio Neves: desenvolver é preciso. |
Belo Horizonte – Responsável por gerenciar a execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem que o governo espera que a questão ambiental ?ganhe um padrão de eficiência compatível com as exigências de infra-estrutura do País?. Dilma foi cuidadosa ao comentar a polêmica envolvendo o exame dos projetos das centrais hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira. Ela enfatizou que o governo está comprometido com o ?aspecto sustentável do meio ambiente?, mas ressaltou que é preciso levar em consideração o ?aspecto imprescindível do desenvolvimento?.
?É esse duplo aspecto que tem que ser considerado?, observou a ministra. ?Tanto para que se leve em consideração o meio ambiente, o aspecto sustentável do meio ambiente, tanto para que se leve em consideração o aspecto imprescindível do desenvolvimento em um país como o nosso, que tem que gerar emprego e renda para o conjunto dos seus quase 200 milhões de habitantes?.
Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou irritação com a atuação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e se queixou ao Conselho Político sobre a demora na concessão das licenças ambientais. Após um encontro com o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), e o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), Dilma foi questionada sobre uma suposta declaração de Lula – que, se pudesse, acabaria com o Ibama. ?Não tenho conhecimento dessa fala do presidente. Eu não a escutei?, respondeu.
A ministra observou que o problema inicial relativo à formação de sedimentos no Rio Madeira já foi descartado por um especialista no assunto contratado por meio do Banco Mundial (Bird).
