A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que o gasoduto Urucu-Coari-Manaus, que está sendo inaugurado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é uma das principais provas de que o Brasil está encarando com seriedade sua meta de redução das emissões de gás carbônico em pelo menos 36% já no próximo ano. “Quando a totalidade deste gás que vem de Urucu substituir o diesel nas usinas térmicas vamos deixar de emitir 1,2 milhão de toneladas de CO2”, afirmou Dilma em discurso durante a cerimônia de inauguração da ponta final do duto em Manaus, que está sendo transmitida ao vivo pela Internet. Ela lembrou que a região amazônica consome mais de 90% do “diesel elétrico” no País. “Não faz sentido que este recurso mineral que é o gás, descoberto em solo amazônico, não seja aproveitado em sua matriz”, disse.
Dilma destacou que esta meta será apresentada pelo Brasil na reunião da cúpula sobre o clima que acontecerá em Copenhague e lembrou que o Brasil foi um dos primeiros a apresentar sua meta. A ministra também lembrou as dificuldades para construção do gasoduto e disse que “neste momento o Brasil firmou acordo consigo mesmo e com a sociedade de desenvolvimento sustentável”. Segundo Dilma, esse compromisso acaba com um dos mitos que apontava ser impossível promover o desenvolvimento e ao mesmo tempo respeitar o meio ambiente.
“Muitos olharam com muita desconfiança, achando que estávamos sonhando com este gasoduto. Diziam que esta era uma obra irrealizável, e que mais uma vez seria só prometida e não sairia do papel. Hoje, apesar de não conseguirmos mais ver toda a tubulação que foi enterrada, nós sabemos que ela está ali e vai aparecer na Amazônia para toda a população por meio de um combustível mais sustentável e mais correto do que o que hoje usamos para gerar energia”.
