A presidente Dilma Rousseff permanece nesta quarta-feira no Palácio do Planalto durante o horário da partida do Brasil e México, pela Copa das Confederações. Dilma acompanha a evolução das manifestações em todo o País e se reuniu com o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, que fazia atualizações sobre a situação nos Estados, particularmente no Ceará, onde os protestos tomam conta da via de acesso ao Estádio Castelão, em Fortaleza.
Preocupados com o avanço dos protestos pelo País e com novas manifestações programadas, até mesmo para Brasília, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República reforçou a segurança do Planalto, colocando agora grades duplas em torno do prédio. Em vez de uma fileira de grades, foram colocadas agora duas para tentar impedir que manifestantes possam entrar no local. Em dias de manifestações, as instalações presidenciais são protegidas, na parte interna, pelos seguranças do GSI e pela Polícia do Exército (PE) e, na externa, pela Polícia Militar (PM) do Distrito Federal.
O chefe do GSI, general José Elito, disse que o governo faz o “acompanhamento dos problemas nacionais”, em todo o Brasil. “O monitoramento, acompanhamento dos assuntos nacionais é dever de todos nós, independentemente de qualquer assunto”, declarou, acrescentando que o monitoramento é feito pelo “Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Federal (PF), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)”.
Elito afirmou que “faz acompanhamento dos problemas nacionais, não é de manifestação, é a fronteira, as imigrações, os aeroportos, terras indígenas”. De acordo com ele, “todos os problemas do Brasil a gente acompanha”. Elito não quis falar sobre a preocupação de Dilma com as manifestações. “Isso eu não vou comentar. Não posso falar em nome dela”, observou. “Estamos acompanhando e acho que vamos ter grandes festas e torcer para que a Copa seja um sucesso. Esse é um desejo de qualquer brasileiro, que transcorra da melhor forma possível”, completou.