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Diferença de fianças a motoristas alcoolizados causa revolta nas redes

Um carro e uma moto chocaram-se no cruzamento de uma avenida, na quinta-feira, 27, na Vila Roma, em Salto, interior de São Paulo. O motociclista Leandro Moraes Monteiro de Carvalho, morreu a caminho do hospital. O motorista do automóvel, o montador de móveis Cristiano Aleixo do Carmo, alegou que a moto estava em alta velocidade e invadiu o sinal vermelho.

O motorista estava com a habilitação vencida e o teste do bafômetro apontou 0,39 miligrama de álcool por litro de ar. Carmo foi detido e, como não tinha R$ 10 mil para pagar a fiança fixada pelo delegado da Polícia Civil, foi levado para a cadeia.

O caso chamou a atenção pelas coincidências com o do delegado da Polícia Federal Marcelo Ivo de Carvalho, de 40 anos, que no domingo, 23, na Rodovia Raposo Tavares, atingiu por trás a moto pilotada pelo vigilante Francisco Lopes da Silva Neto, de 36 anos, que morreu na hora.

Carvalho estava com a carteira de motorista vencida havia mais de um ano e o bafômetro acusou 0,49 mg de álcool por litro de ar. Na delegacia da Polícia Civil, ele pagou R$ 2 mil de fiança e foi liberado para responder em liberdade.

Nas redes sociais, internautas comentaram a diferença de tratamento para dois casos muito parecidos. “O delegado que estava na mesma situação, só pagou R$ 2 mil porque a Polícia Civil ficou com medo do delegado da Polícia Federal”, postou Robinson Rodrigues. “Delegado da PF, não vai dar em nada. Brasil de dois pesos e duas medidas”, comentou Lilia Berriel.

Para o delegado assistente da Delegacia Seccional de Sorocaba, Alexandre Cassola, os casos foram tratados conforme a convicção jurídica dos delegados que atenderam as ocorrências. Nos dois casos, a fiança foi fixada dentro dos limites estabelecidos por lei. No caso de Salto, o motorista foi posto em liberdade no dia seguinte, após efetuar o pagamento da fiança de R$ 10 mil.

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