Seis Estados do País farão amanhã, a partir das 9 horas, uma campanha informativa para a população a respeito da psoríase, doença inflamatória da pele que atinge aproximadamente 3% da população mundial. Em São Paulo, uma tenda com médicos será montada em frente ao museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera, na zona sul da cidade, para a entrega de informativos e discussão das causas e efeitos, com o objetivo de diminuir o preconceito contra aqueles que sofrem com o problema. As campanhas, que acontecem no Dia Mundial da Psoríase, serão realizadas no Amazonas, Ceará, Bahia, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, além de São Paulo.

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De acordo com o coordenador do Laboratório de Psoríase do Hospital da Clínica da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Romiti, a doença atinge adultos de 20 a 30 anos que normalmente possuem predisposição genética e pele branca – embora também possa ocorrer entre negros. As chances dela se manifestar aumentam após o paciente passar por infecções e tratamento com medicamentos a base de lítio (substância comum entre remédios utilizados contra forte depressão).

Remédios anti-inflamatórios não hormonais e estresse são agravantes dos sintomas, que consistem em escamas espessas e esbranquiçadas em cima de uma inflamação vermelha. Cotovelo, joelho e couro cabeludo são as partes do corpo mais comuns onde a psoríase se manifesta, mas há casos em que ela se espalha por todo o corpo e evolui para uma artrite (inflamação das articulações). “Normalmente dá mais coceira do que dor no local. E por isso pode causar feridas ao coçar”, explica Romiti.

A psoríase, segundo o especialista, é uma manifestação do próprio corpo, que leva a uma reprodução exagerada das células da pele. “Nossa pele se renova em media uma vez por mês, e por isso não é notada. Mas com a psoríase essa renovação se torna diária”, explica. “Sempre aparecem escamas novas e, mesmo que o paciente arranque, no dia seguinte aparecem novas escamas.” No entanto, como afirma Romiti, a psoríase não é transmissível, mesmo pelas lascas de pele soltas.

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O tratamento vai desde pomadas anti-inflamatórias a banho de sol, para os casos mais simples, e remédios imunossupressores (que baixam a imunidade do paciente) para os casos mais graves.