Celebrado pela primeira vez em 1º de outubro de 1991, o Dia Internacional do Idoso foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para valorizar a contribuição dessa parcela da população ao mundo e também para chamar a atenção sobre questões que afetam as vidas das pessoas na terceira idade.
Dificuldades de mobilidade e acidentes domésticos, por exemplo, estão entre os principais desafios enfrentados pelos idosos. De acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS), 75% das lesões sofridas por pessoas com mais de 60 anos acontecem dentro de casa.
Para evitar (ou reduzir) esses problemas, arquitetos e designers de interiores sugerem medidas, muitas simples, que podem ser adotadas com certa facilidade e aumentam a segurança de quem chegou a essa fase da vida. Entre elas, melhoras na iluminação e fixação de tapetes. Confira a seguir:
Iluminação
Problemas de visão costumam aumentar com o tempo, por isso a luz natural deve ser usada ao máximo. Quando não for possível, o jeito é pensar na iluminação interna com lâmpadas claras. “Outra sugestão é a instalação de sensores de iluminação, que detectam a presença do morador e melhoram a vida dos idosos”, explica Bianca Atalla, do escritório Oliva Arquitetura.
Portas
Se o idoso se locomover com ajuda de andador ou de cadeira de rodas, a recomendação é que as portas tenham pelo menos 80 cm de largura, para facilitar a passagem. O ideal é instalar portas com 90 cm de largura.
Banheiros
É a área que merece mais atenção na casa. Piso antiderrapante no box e assento para banho são essenciais. “Também é importante instalar barras de segurança na área do lavatório e bacia sanitária”, acrescenta Erika Mello, da Andrade & Mello Arquitetura. No caso dos tapetes, pode ser melhor se livrar deles. “O ideal, para evitar escorregões e tropeços, é a retirada deles. Outra solução é usar tapetes antiderrapantes ou fixadores de silicone em cada ponta”, sugere o arquiteto José Carlos Guerra, coordenador dos cursos de Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Eniac.
Sala
Nesse cômodo, a dica é colocar um sofá mais firme, para manter a coluna do morador da terceira idade ereta. “Busco por modelos que mantenham as costas em um ângulo de quase 90º e que os pés alcancem o chão”, diz Fernanda Mendonça, do Oliva Arquitetura. Tapetes podem ser usados, desde que corretamente posicionados. “Ele precisa avançar cerca de 20 cm para baixo do sofá. Se não houver essa possibilidade, a dica é fixar as pontas do tapete com fitas adesivas antiderrapantes”, diz Renato Andrade, do escritório Andrade & Mello Arquitetura.
Outro ponto que merece ser levado em consideração são as cadeiras e poltronas. “O ideal é que esses móveis tenham braços, gerando um apoio para a hora de se levantar ou sentar, auxiliando no equilíbrio e proporcionando maior segurança”, diz o doutor José Sallovitz, cardiologista e coordenador médico da Allianz Assistance.
Quarto
A altura da cama precisa ser adaptada para o morador e facilitar que ele se deite e se levante sem esforço. Para quem passa bastante tempo sentado na cama, uma cabeceira pode ser importante para manter a coluna ereta. Já os criados-mudos devem ter cantos arredondados e altura igual ou pouco acima do colchão para evitar batidas, diz Elisa Ju, do Oliva Arquitetura.
Cozinha
Assim como no quarto, o ideal é que a altura do mobiliário da cozinha esteja de acordo com a altura do idoso, diminuindo o esforço e o uso de bancos ou escadas, que podem levar a quedas. “Em geral, as medidas são mais baixas que o padrão”, diz Fernanda, do escritório Oliva. Piso antiderrapante também é indicado para esse cômodo. Para a arquiteta Pati Cillo, da Pati Cillo Arquitetura, o fogão a gás é melhor que o cooktop, pois evita acidentes como queimaduras.