Dez detentos fugiram na madrugada deste domingo, 15, do Presídio Regional de Ibirité, na Grande Belo Horizonte (MG). Até o momento, a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) nega a ocorrência de rebelião.
Segundo informações da Polícia Militar, um agente penitenciário acionou a corporação, às 8h26, anunciado o desaparecimento dos detentos. Em nota, a Seap afirmou que a fuga ocorreu por volta das 3h. Ninguém foi recapturado até o momento. A secretaria disse ainda que “a direção da unidade prisional irá apurar, em procedimento próprio, se houve ilícito administrativo no caso”.
Os presos teriam escapado cerrando grades das celas. A capacidade do presídio é para aproximadamente 100 detentos. Porém, o número de internos seria superior a 150. Depois de reunião com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), no último dia 6, para discutir o sistema carcerário do Estado, em decorrência da rebelião no Presídio Anísio Jobim, em Manaus, o secretário de Administração Prisional, Francisco Kupidlowsky, afirmou que a superlotação em presídios é um problema crônico.
“Existiu há 15 anos e vai existir daqui a 10 anos. O que temos que fazer é trabalhar para minorar a superlotação”, afirmou na ocasião.
Minas Gerais tem hoje 69,2 mil detentos. O total de vagas, no entanto, é de 38,5 mil. A situação, segundo o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de Minas Gerais, Adeílton de Souza Rocha, aumenta o risco de rebeliões. O dirigente afirma que a falta de investimentos para construção de presídios no Estado é a principal causa da superlotação dos estabelecimentos de detenção em Minas.