Deu ‘tilt na comunicação’, diz Paulo Bernardo sobre meta

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, atribuiu a repercussão negativa da meta de inflação para 2009 no mercado como um "pequeno tilt na comunicação". "Acho que nós não conseguimos nos entender. Eu achei que estava bem claro. Agora, o mercado leu as notícias de vocês (jornalistas). Não sei como vocês transmitiram", disse o ministro em entrevista após participar de solenidade no Ministério do Desenvolvimento para a liberação de recursos para a Suframa.

Ao ser informado de que o mercado considerou as informações sobre a meta de inflação esquizofrênicas, Paulo Bernardo devolveu a crítica ao afirmar "que o mercado é esquizofrênico mesmo".

O ministro disse que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, foi muito prudente e parcimonioso na sua explicação. Para o ministro, a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) vai ficar "perfeitamente clara nos próximos dias". "O BC explicou bem. Nós temos uma meta (de inflação) de 4,5% para 2009. Entretanto, a expectativa do mercado é de uma inflação de 3,7% para este ano e de 4% para 2008. Não é de se supor que o BC vai trabalhar para aumentar esta inflação que está prevista pelo mercado e que nós achamos que está em linha com que o BC está fazendo", defendeu Bernardo.

Ao ser questionado se a meta de inflação foi mantida em 4,5% em função das declarações do presidente Lula, que na semana passada defendeu a manutenção da meta, o ministro negou. "Deixar uma margem para o Banco Central atuar é normal.

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